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Aluno(a) |
Silvania Nubia Chagas |
Titulo |
Um canto primeiro, um eco: um estudo sobre "A benfazeja" de Guimarães Rosa e as formas simples da tradição oral |
Orientador(a) |
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Data |
07/12/2001 |
Resumo |
A questão da oralidade na obra de Guimarães Rosa, tem sido tema de muitos estudos, tendo em vista a sua complexidade que não só inquieta, como a todos, encanta.
Ver essa questão sob o prisma das "formas simples", (Jolles,1930:20) emergentes da tradição oral, incrustadas no interior da forma artística e altamente elaboradas no conto roseano, é o que nos propomos a estudar neste trabalho, tendo por objeto de análise o conto "A benfazeja", publicado em 1962 no volume das Primeiras Estórias.
Diante da afirmação de André Jolles de que esse "acasalamento" jamais seria possível, em virtude da rejeição das "formas simples", (Jolles, 1930:20) faz-se necessário um estudo mais acurado para verificarmos como Guimarães Rosa executou esta transformação e quais seriam os elementos condutores de tal processo de metamorfose.
A hipótese que nos conduzirá nessa investigação é a de que, ao contrário do que diz Jolles, a forma simples "conto", que nasce embebida na raiz do maravilhoso e da moral ingênua da tradição oral, pode estar ainda presente, embora transformada, no interior da forma artística e intencionalmente elaborada do conto moderno.
Decorrente daí, a hipótese de que é no discurso do narrador roseano, tecido entre a oralidade e a escritura, que devemos buscar os elementos responsáveis por tal fusão.
Diante dessas colocações, supomos que as afinidades entre a teoria de André Jolles sobre as "formas simples", e a de Mikhail Bakhtin sobre o dialogismo, poderiam fornecer para análise elementos capazes de rastrear os graus de transformação e de acasalamento entre as formas simples do conto popular e a forma artística do conto roseano. |
Tipo |
Defesa-Mestrado |
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