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Aluno(a) |
Rafael Gallina Bin |
Titulo |
DEFINIÇÕES FUGIDIAS: o processo metalinguístico como base do universo criativo de Milan Kundera |
Orientador(a) |
Profa Dra Guacira Marcondes Machado Leite |
Data |
04/05/2021 |
Resumo |
Resumo: No século XX, a linguagem encontra um gênero para enunciar a sua própria complexidade. O discurso metalinguístico faz sua ascensão com a virada linguística promovida pelo Curso de Linguística Geral, de Ferdinand de Saussure, e chega ao campo literário como uma das principais características da literatura contemporânea. O presente trabalho toma por objeto a reflexão metalinguística aplicada à literatura de Milan Kundera (1929-), escritor nascido na Tchecoslováquia que, dada a ocupação russa de seu país, exilou-se em Paris em 1975 e regressou à pátria em 2019, ano em que reconquistou sua nacionalidade tcheca. Romancista e ensaísta, Kundera enquadra-se na categoria dos críticos-criadores, de sorte que a seleção do corpus acolhe os apontamentos feitos nos quatro volumes de ensaio – A arte do romance; Os testamentos traídos; A cortina ; e Um encontro, a fim de localizar em seu discurso sua maneira própria de pensar o romance, assim como visa a estabelecer o lugar que a metalinguagem ocupa em sua concepção da arte narrativa. Acompanhando o fio de suas ideias, o presente estudo fundamenta-as na teoria literária, a fim de construir, a partir dos apontamentos do escritor, um operador de leitura: o processo de metalinguagem como busca por definições fugidias que constituem o alicerce de toda construção romanesca. Em seguida, toma-se a obra A ignorância, escrita por Kundera e publicada em 2003 para demonstrar como sua concepção romanesca se converte na sua prática ficcional e como a metalinguagem se desdobra em operações que estruturam a obra analisada. Nesse sentido, a fundamentação teórica sobre metalinguagem conta com expoentes do estruturalismo e semiótica, tais como Roman Jakobson (2007); Roland Barhtes (1987; 2001; 2011) e Algirdas Julien Greimas (2008). Paga-se um tributo à teoria dos códigos de Umberto Eco (2012; 1991). No que tange à fortuna crítica de Milan Kundera, os referenciais teóricos foram, sobretudo, François Ricard (2003; 2016), Martine Boyer-Weinmann (2009) e Kvetoslav Chvatik (1995).
Résumé: Au XXe siècle, le langage trouve un genre pour énoncer sa propre complexité. Le discours métalinguistique avance grâce à la reprise linguistique promue par le Cours de Linguistique Générale, de Ferdinand de Saussure, et arrive au domaine littéraire comme l’une des principales caractéristiques de la littérature contemporaine. Cette étude se concentre sur la réflexion métalinguistique appliquée à la littérature de Milan Kundera (1929-), écrivain né en Tchécoslovaquie qui, dû à l'occupation russe de son pays, s’est exilé à Paris en 1975 et est rentré dans son pays en 2019. Romancier et essayiste, Kundera participe de la catégorie des critiques créateurs, de sorte que la sélection du corpus accueille ses quatre volumes d'essais — L'art du roman; Les testaments trahis; Le rideau ; et Une rencontre, afin de situer dans son discours sa propre façon de penser le roman, ainsi que d’ établir la place qu’occupe le métalangage dans sa conception de l’art romanesque. Suivant le fil de ses idées, cette étude les fonde sur la théorie littéraire, afin de construire, à partir des réflexion de l’écrivain, un opérateur de lecture : le procédé du métalangage comme la recherche de définitions fuyantes qui constituent la fondation de toute sa construction romanesque. Ensuite, l'oeuvre L’ignorance, de Kundera, publiée en 2003, est prise pour démontrer comment son conception se convertit en pratique fictionnelle et comment le métalangage se déploie dans les opérations qui structurent l'oeuvre analysée. En ce sens, le fondement théorique du métalangage a des exposants du structuralisme et de la sémiotique, tels que Roman Jakobson (2007) ; Roland Barhtes (1987; 2001; 2011) et Algirdas Julien Greimas (2008). On paye un tribut à la théorie du code de Umberto Eco (2012 ; 1991). En ce qui concerne la fortune critique de Milan Kundera, les références théoriques sont surtout François Ricard (2003; 2016) et Martine Boyer-Weinmann (2009), aussi comme Kvetoslav Chvatik (1995). |
Tipo |
Defesa-Mestrado |
Texto Completo |
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