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Aluno(a) |
Juliana Cristina Terra de Souza |
Titulo |
DA LEITURA À DESLEITURA: O REVISIONISMO CRÍTICO DA TRADIÇÃO EM THE MISTS OF AVALON |
Orientador(a) |
Prof. Dr. Aparecido Donizete Rossi |
Data |
30/05/2019 |
Resumo |
O presente trabalho tem por objetivo analisar e investigar o processo de revisionismo crítico da tradição em The Mists of Avalon (1982), romance da escritora norte-americana Marion Zimmer Bradley. O processo de re-visão, conceito engendrado pela poetisa e crítica feminista Adrienne Rich em “When We Dead Awaken: Writing as Re-vision” (1972), pressupõe que as escritoras mulheres efetuem uma leitura da tradição literária patriarcal e, a partir de um posicionamento crítico, busquem na sua arte desarticular o patriarcado e suas visões cristalizadas em torno do feminino.A re-visão da Matéria da Bretanha, com a valorização das personagens mulheres, é a tônica do projeto estético desenvolvido no romance. A fim de aprofundar a compreensão sobre a manifestação desse processo revisionista, será analisado o modo como as representações do feminino e o universo mítico presentes na tradição arturiana são trazidos para a narrativa – a partir da fala de Morgana, uma das mulheres da história – já deslidos e re-criados numa perspectiva feminista, algo novo na tradição ocidental. Para tanto, utilizam-se, além dos pressupostos de Adrienne Rich, os escritos de Sandra Gilbert e Susan Gubar em The Madwoman in the Attic (1979) referentes à literatura de autoria feminina; Elaine Showalter e suas considerações sobre a critica feminista e a ginocrítica; e obras de Mircea Eliade que versam sobre mitologia e o sagrado.
Palavras-chave: Re-visão; Desleitura; Feminino; Marion Zimmer Bradley.
ABSTRACT
This study has the aim of analyzing and investigating the process of critical revisionism of the tradition in The Mists of Avalon (1982), a novel by the American writer Marion Zimmer Bradley. The process of re-vision, concept framed by the feminist poet and critic Adrienne Rich in “When We Dead Awaken: Writing as Re-vision” (1972), assumes that female writers read the patriarchal literary tradition and, from a critical positioning, search in their art to disarticulate the patriarchate and its crystallized views of the feminine. The re-vision of the Matter of Britain, with the appreciation of female characters, is the strength of the esthetic project developed in the novel. With the purpose of deepening the understanding about the manifestation of this revisionist process, we will analyze how representations of the feminine and the mythical universe, present in Arthurian tradition, are brought to the narrative – from Morgaine’s talks, she is one of the women in the history – already misreading and re-created from a feminist perspective, something new in the western tradition. To do so, in addition to Adrienne Rich’s assumptions, we will use the notes of Sandra Gilbert and Susan Gubar in The Madwoman in the Attic (1979) referring to the literature of feminine authorship; Elaine Showalter and her considerations about feminist critic and gynocritics, and Mircea Eliade’s works on mythology and the sacred.
Keywords: Re-vision; Misreading; Feminine; Marion Zimmer Bradley. |
Tipo |
Defesa-Mestrado |
Texto Completo |
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