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Aluno(a) |
Moises Henrique Mietto Romão |
Titulo |
Belle toujours e a eloquência do silêncio: considerações sobre o épico no filme de Manoel de Oliveira |
Orientador(a) |
Profa. Dra. Renata Soares Junqueira |
Data |
31/05/2019 |
Resumo |
O cineasta português Manoel de Oliveira (1908-2015) é reconhecido
mundialmente pela sua estética cinematográfica singular. Uma de suas principais
características é a relação intrínseca que os seus filmes ostentam com as artes de uma
forma geral, como a pintura, o teatro, a literatura, a arquitetura, a escultura, a música e o
próprio cinema. Do teatro podemos notar o peso da palavra proferida. Com mais de 50
filmes em sua carreira – longas, médias e curtas-metragens –, o realizador nos
presenteou com diálogos antológicos que nos instigam a refletir sobre os mais variados
dilemas que perturbam o ser humano. Além disso, a sua distinta estética apresenta
traços épicos que causam um distanciamento entre o espectador e o que é mostrado na
tela, já que, muitas vezes, seus filmes se mostram realmente como filmes, como
espetáculos.
Tendo isso em mente, e sublinhando alguns filmes em que os diálogos são
imprescindíveis, como em Um filme falado (2003) ou em O gebo e a sombra (2012),
para citar apenas dois, é interessante examinar a eloquência do silêncio em Belle
toujours (2006), obra em que os diálogos existem e são importantes, mas que recorre à
quietude das personagens, em planos fulcrais, para sugerir um significado maior do que
aquele que qualquer palavra seria capaz de indicar. Outrossim, a mise-en-scène é
composta por elementos expressivos e muito significativos, os quais parecem gritar e
dar voz à mudez.
Em vista desse silêncio que causa estranheza a nós, espectadores, e que se mostra
significativo, o presente trabalho pretende analisar como se dará a sua eloquência no
filme em questão, o qual atinge o seu ápice em um jantar taciturno das personagens
protagonistas.
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Tipo |
Defesa-Mestrado |
Texto Completo |
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