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Aluno(a) |
Natália Pedroni Carminatti |
Titulo |
Das consonâncias e dissonâncias, um paradoxo: o universo romântico-cristão de Chateaubriand |
Orientador(a) |
Profa. Dra. GUACIRA MARCONDES MACHADO LEITE |
Data |
25/05/2018 |
Resumo |
As novelas chateaubrianas inauguraram um novo fazer literário, graças à coerência ideológica que as permeou: estamos na presença de textos que evocaram a excelência do Cristianismo, no período posterior à Revolução Francesa de 1789. E tratar da religião cristã em um período cuja fé deixou de ser significativa, representou uma infinidade de idealizações para Chateaubriand. Refletir o jogo das paixões sob a ótica do Cristianismo, exigia um estudo mais amplo: investigar a teologia a partir da gênese do Eu e da arqueologia dos desejos. Pensando nisso, a eloquência desses escritos ficcionais pediu uma teoria que, se não os explicasse integralmente, ao menos, pudesse acalmar as contrariedades do coração humano. Sendo assim, à luz do ideário pré-romântico de François-René Auguste de Chateaubriand, ascendeu o Génie du christianisme (1802), obra apologética redigida para comedir o sentimento melancólico e comprovar a superioridade da doutrina cristã. Nessa perspectiva, o presente trabalho propõe uma minudente análise de suas narrativas indígenas que, pela mente inquieta do memorialista, puderam, em um mesmo volume, servir de exemplos à poética cristã traçada no Génie. A princípio foram ilustrações; mas, ulteriormente, publicadas separadamente, ofereceram-nos distintos horizontes de interpretação que, incorporados, testemunharam a magnificência da religião cristã católica. Nesse sentido, selecionamos Les Natchez (1826), Atala (1801), René (1802) e Les Aventures du dernier Abencérage (1826) com o propósito de reconstruir o universo paradisíaco do Éden, antes da Queda do homem, afim de estimular o renascimento da consciência cristã francesa. A despeito de Les Aventures ter sido escrita em 1810, posteriormente à publicação do Génie, nela também observamos o triunfo do Cristianismo não mais em terras americanas, mas no Ocidente, na Espanha. Posto isso, o escopo da presente pesquisa é demonstrar que das consonâncias e dissonâncias eclodiu um paradoxo, aquele referente ao romanesco mundo mítico cristão. Para tanto, ancoradas nas produções contemporâneas de Fabienne Bercegol (2009), Jean-Claude Berchet (2012), Béatrice Didier (2006), Pierre Glaudes (2013) e outros especialistas franceses, exploramos o microcosmo chateaubriano, repensado sob uma perspectiva vertical, aquela do Eu cristão.
Palavras-chave: François-René de Chateaubriand; Romantismo; Cristianismo; Consonâncias; Dissonâncias; Paradoxo.
RÉSUMÉ
Les nouvelles de Chateaubriand ont inauguré une nouvelle conception littéraire, grâce à la cohérence idéologique qui les ont entouré: nous sommes en face de textes qui ont évoqué l’excellence du Christianisme, dans la période postérieure à la Révolution Française de 1789. Et traiter de la religion chrétienne dans une període où la foi a laissé d’être significative a représenté une infinité d’idéalisations pour Chateaubriand. Refléchir sur le jeu de passions à la lumière du Christianisme demandait une étude plus profonde qui exigeait une théorie qui, si elle ne l’expliquait pas en totalité, au moins, elle a pu calmer l’expérience de l’inquiétude humaine. De ce fait, sous la plume pré-romantique de François-René Auguste de Chateaubriand s’est élévé le Génie du christianisme (1802), l’oeuvre apologétique construite pour atténuer le sentiment mélancolique et prouver la supériorité de la doctrine chrétienne. Dans cette perspective, ce travail propose une minutieuse analyse des récits de l’écrivain, ceux qui, par l’esprit agité du mémorialiste avaient pu, dans un même reccueil, servir d’exemples à la poétique chrétienne esquissée dans le Génie. C’étaient des illustrations, mais publiées séparément, qui ont été découpées, en nous proposant des horizons différents d’analyse qui, intégrés, témoignent de la magnificence de la religion chrétienne catholique. Ainsi, nous avons choisi Les Natchez (1826), Atala (1801), René (1802) et Les Aventures du Dernier Abencérage (1826) dans le but de remonter l’univers paradisiaque d’Éden et de stimuler l’éveil de la conscience chrétienne. Même si Les Aventures est en désaccord avec cet univers paradisiaque et si elle a été écrite en 1810, après la publication du Génie, on y voit le triomphe du Christianisme, non plus dans les fôrets américaines, mais à l’Occident, en Espagne. Ceci étant dit, l’objectif de cette recherche consiste à démontrer que, d’après les consonances et les dissonances un paradoxe est apparu, celui qui se réfère au monde romanesque mythique chrétien. À cette fin, ancré dans les productions de Fabienne Bercegol (2008-2009), Jean-Claude Berchet (2012), Béatrice Didier (2006), Pierre Glaudes (2013) et d’autres spécialistes français, nous explorons le microcosme de Chateaubriand, qui va devenir un macrocosme, repensé dans une perspective verticale, celle du Moi chrétien.
Mots-clés: François-René de Chateaubriand; Romantisme; Christianisme; Consonances; Dissonances; Paradoxe. |
Tipo |
Defesa-Doutorado |
Texto Completo |
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