UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Estudos Literários

Aluno(a) Oíse de Oliveira Mattos Bazzoli
Titulo O ESPAÇO NA CONFIGURAÇÃO DAS PERSONAGENS EM CONTOS DE ALICE MUNRO
Orientador(a) Profa. Dra. Maria Lúcia Outeiro Fernandes
Data 20/05/2016
Resumo RESUMO
Esta pesquisa tem como objetivo principal analisar, sob o ponto de vista da narratologia,
três contos: “The Peace of Utrecht”, “Meneseteung” e “Fiction”, presentes,
respectivamente, nas coletâneas Dance of the Happy Shades (1968), Friend of my Youth
(1991) e Too Much Happiness (2009), da escritora canadense contemporânea Alice
Munro, vencedora do Prêmio Nobel de Literatura em 2013, cujos contos, elaborados de
forma renovada, são caracterizados pelos finais em aberto, contém descrições realistas
do sudoeste de Ontário, retratam cenas familiares que facilitam a introdução do
estranho, do misterioso, do desconhecido e até fantástico. Esta união, do familiar e do
estranho, cria um senso de ironia e duplicidade de observação em relação a lugares e às
pessoas, permitindo que se explore a luta canadense com a identidade evidenciada na
escritora. A ambivalência que Munro sente como escritora é uma de suas preocupações
pessoais que contribuem para essa profundidade emocional e vivacidade em sua ficção.
Algumas de suas melhores histórias expressam sentimentos que provocam
questionamentos em qualquer leitor mais sensível e que são, ao mesmo tempo,
explorações e descobertas da própria emoção da autora. Para o desenvolvimento deste
estudo, apoiamo-nos nas reflexões de Osman Lins, Bachelard, Ozíris Borges Silva no
que diz respeito à espacialização da narrativa, como também em estudos de Bakhtin que
explora a ideia de cronotopo. Também constitui objetivo identificar os momentos de
epifania e os elementos góticos que atuam na configuração das personagens de Munro.
PALAVRAS-CHAVE: Alice Munro. Conto. Literatura Canadense. Espaço. Tempo.
Personagens.
ABSTRACT
The main goal of this paper is to analyse, from the point of view of narratology, three
short stories: “The Peace of Utrecht”, “Meneseteung” and “Fiction”, present,
respectively, in the collections Dance of the Happy Shades (1968), Friend of my Youth
(1991) and Too Much Happiness (2009), from the contemporary Canadian writer Alice
Munro, winner of the 2013 Nobel Prize in Literature, whose short stories, elaborated in
a renewed way, are characterized by open ends, have realistic descriptions of southwest
Ontario, depict familiar scenes that facilitate the introduction of the strange, the
mysterious, the unknown and even the fantastic. This connection of the familiar and the
strange, creates a sense of irony and duplicity in observation concerning places and
people, allowing that the Canadian fight for identity is evidenced. The ambivalence
Munro feels as a writer is one of her personal concerns that contribute to emotional and
vivacious depth in her fiction. Some of her best stories show feelings that raise a lot of
questions in any sensitive reader and that are, at the same time, the writer´s explorations
and discoveries. To the development of this study, we will base our reflections in
Osman Lins, Bachelard and Ozíris Borges Silva concerning narrative space as well as
Bakhtin that explores the idea of cronotopos. It is also the aim of the paper to identify
the epiphanic moments and the gothic elements that act in the description of Munro´s
characters.
KEYWORDS: Alice Munro. Short Story. Canadian Literature. Space. Time.
Charcters.
Tipo Defesa-Mestrado
Texto Completo

APG 2.0
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