UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Estudos Literários

Aluno(a) Mariana Funes
Titulo Razão poética e mito em La tumba de Antígona de María Zambrano
Orientador(a) Profª Drª Maria Dolores Aybar ramirez
Data 25/04/2014
Resumo RESUMO

A obra La tumba de Antígona (2012), da filósofa espanhola María Zambrano, se constrói por intermédio da razão poética – termo que nomeia o centro do pensamento zambraniano. Trata-se de uma das poucas obras literárias da autora, reconhecida por sua produção ensaística de natureza filosófica. Através da ressignificação do mito da Antígona, de Sófocles, a pensadora outorga um novo destino à heroína, segundo a sua concepção do trágico, concedendo a possibilidade para que haja a anagnórisis da personagem antes de sua morte, reconhecimento esse que, da perspectiva zambraniana, fora relegado por Sófocles. Antígona é concebida recorrendo à razão poética, a qual se vale das esferas da poesia e do conhecimento, que é, em si, libertadora e criadora do real. O objetivo desta dissertação se centra, portanto, no intento de averiguar a forma como a pensadora malaguenha converge essas duas instâncias, separadas desde Platão, explorando, além do cisma platônico, a remitologização e a linguagem poética. Ademais de esquadrinhar a construção da heroína, que retrata tanto a esfera individual (dimensão ética), quanto a coletiva (dimensão política), realizaremos uma investigação no plano histórico concernente à origem da Antígona zambraniana, o que garante um forte sentido autobiográfico ao texto. Será analisado, portanto, a maneira pela qual se erige a Antígona de Zambrano que é, essencialmente, a personificação do método zambraniano da razão poética em sua completude.

Palavras-chave: Razão poética. Prosa poética. Mito. Literatura espanhola. María Zambrano.











ABSTRACT

The work of art La tumba de Antígona (2012), by the Spanish philosopher María Zambrano, is built by means of the poetic reason – a phrase that designates the core of Zambranian thinking. It is one of the few literary works of this author, acknowledged for her essayistic production of philosophical nature. Through the ressignification of Sophocles’s Antigone myth, the thinker bestows a new fate to the heroin, according to her understanding of the tragic, conceding the possibility of having the character’s anagnórisis before her death, an acknowledgement that, from Zambranian perspective, was relegated by Sophocles. Antigone is conceived by calling upon the poetic reason, which draws on the poetry and knowledge realms, which are themselves emancipators and creators of the real. Therefore, the aim of this dissertation focuses on the intent of ascertaining the way the thinker converges these two instances, separated since Plato, exploiting, besides the Platonic schism, the remithologization and the poetic language. In addition to scanning the heroin construction, which portraits both the individual (ethical dimension) and collective (political dimension) realms, we are going to perform an investigation in the historical level concerning to the origin of the Zambranian Antigone, which guarantees a strong autobiographical sense to the text. Thus, we will analyze the means by which the Zambranian Antigone is put up, who is, basically, the personification of the Zambranian method of poetic reason in its wholeness.

Keywords: Poetic reason. Poetic prose. Myth. Spanish Literature. María Zambrano.
Tipo Defesa-Mestrado
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APG 2.0
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