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Aluno(a) |
Thiago Buoro |
Titulo |
O texto pluricódigo da poesia visual |
Orientador(a) |
Profª Drª Renata Fabiane Borsato |
Data |
26/04/2014 |
Resumo |
Nossa pesquisa tem o objetivo de refletir sobre o texto pluricódigo da poesia visual. Partimos, como nos parece necessário, da discussão acerca das dificuldades de situar essa poesia entre os gêneros estabelecidos, uma vez que ocupa um lugar intermediário entre a Literatura e as Artes Visuais. E decidimos pela defesa do estabelecimento de um gênero particular, o que parece evitar a infundada e desnecessária cisão entre verso e pós-verso. Depois investigamos as possibilidades de espacialização do texto poético e as formas de construção da imagem pelos recursos retóricos e pela exploração da materialidade da escrita. Nosso pressuposto é que a diferença entre o texto linguístico e o texto visual repousa, sobretudo, numa diferença semiótica decorrente do canal físico. A arte visual se especifica porque ocupa o espaço de duas ou três dimensões; a poesia, porque está ligada à linearidade própria do canal oral, unidimensional. Mas na medida em que a poesia enquanto linguagem é escrita, ela toma inevitavelmente o canal visual. Isso parece ter escapado à teoria de Lessing, preocupada em estabelecer bem as fronteiras entre pintura e poesia. Portanto, a língua escrita opera dois canais simultaneamente: o oral e o visual. Escrita, ou inscrita à maneira dos hieróglifos egípcios, a palavra pode ser submetida a todo tipo de operação plástica, como obedecer a uma sintaxe visual e associar-se a outras imagens gráficas, gerando uma expressão poética complexa. Além disso, procuramos desenvolver, por sugestão do semioticista belga Jean-Marie Klinkenberg, uma espécie de gramática da relação palavra-imagem, que nos parece fundamental para a compreensão desse texto particular da poesia visual.
Palavras-chave: Poesia visual. Pluricódigo. Imagem. Concretismo.
ABSTRACT
Our research has the objective of reflect on the text plural code visual poetry. We set out, as seems necessary, the discussion about the difficulties of situating this poetry between established genres, as it occupies an intermediate place between Literature and the Visual Arts. And we decided to defend the establishment of a particular genre, which seems to prevent unfounded and unnecessary split between verse and post-verse. Then we investigate the possibilities of spatialization of the poetic text, and forms of image building, by the rhetorical resources and exploration of the materiality of writing. Our our presupposition is that the difference between the linguistic text and visual text rests above all, on a semiotic difference arising from the physical channel. Visual art is specified because it occupies the space of two or three dimensions; poetry, because it is linked to itself linearity of oral channel unidimensional. But in that when the poetry is written in form of language, it inevitably takes the visual channel. This seems to have escaped the theory of Lessing, who cares about the well-established boundaries between painting and poetry. Therefore, the written language operates two channels simultaneously: visual and oral. Written or inscribed in the manner of Egyptian hieroglyphics, the word can be subjected to all kinds of plastic surgery, how to obey a visual syntax and join other graphic images, generating a complex poetic expression. In addition, we seek to develop, at the suggestion of the Belgian semiotician Jean-Marie Klinkenberg, a kind of grammar of the relationship word-image, which seems to be fundamental to the understanding of this particular text of visual poetry.
Keywords: Visual Poetry. Plural Code. Picture. Concretism. |
Tipo |
Defesa-Mestrado |
Texto Completo |
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