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Aluno(a) |
Marcia Regina Rodrigues |
Titulo |
Traços épico-brechtianos na dramaturgia portuguesa: O Render dos Heróis de Cardoso Pires e Felizmente há Luar! de Sttau Monteiro |
Orientador(a) |
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Data |
02/03/2010 |
Resumo |
Em Portugal, durante o Estado Novo, apesar de a comissão de censura proibir a obra do dramaturgo alemão Bertolt Brecht (1889-1956), os dramaturgos, atores e diretores conseguiram, de alguma forma, adquirir conhecimento sobre os pressupostos do teatro épico brechtiano e praticá-los nas suas criações dramatúrgicas e encenações. Assim, algumas das peças produzidas pela dramaturgia portuguesa na segunda metade do século XX, além de explorarem freqüentemente temas históricos a fim de tratar do passado com vistas a analisar o momento presente , anunciavam a estética do teatro épico de Brecht como uma inovação das formas dramáticas praticadas até então. Frutos da perspectiva brechtiana de teatro épico, O render dos heróis (1960), de José Cardoso Pires (1925-1998) e Felizmente há luar! (1961), de Luís de Sttau Monteiro (1926-1993) constituem o corpus desta Dissertação de Mestrado. Essas peças apresentam no seu enredo fatos remanescentes ou antecedentes da Revolução Liberal de 1820, com o objetivo de por meio da alegoria levar o leitor / espectador a uma análise crítica da situação político-social de Portugal sob o regime ditatorial de António de Oliveira Salazar. Analisamos as formas de apropriação do efeito de distanciamento elemento caracterizador do teatro épico brechtiano nessas peças, bem como a relação delas com o período político marcado pela censura salazarista. Para isso, a nossa base teórica é constituída principalmente pelas teorias acerca do teatro épico de Brecht, considerando-as no contexto do teatro português da década de 1960.
Palavras-chave: Teatro português contemporâneo. Teatro épico brechtiano. Censura salazarista. História do teatro português. Dramaturgia portuguesa. Modos de teatralização. |
Tipo |
Defesa-Mestrado |
Texto Completo |
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