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Aluno(a) |
Agnes Teresa Colturato Cintra |
Titulo |
Manual intermitente: notas sobre a poética ficcional de José Saramago |
Orientador(a) |
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Data |
25/06/2008 |
Resumo |
Integrantes de um fio discursivo coerente, questões específicas sobre o gênero romance e a sua criação, dispersas no todo da obra romanesca do escritor, são reveladoras das linhas mestras que regem a sua poética ficcional. Numa sintaxe coerente que associa explícitos comentários aos contornos alegóricos conferidos às ações das personagens, os romances de Saramago expõem a própria construção, do ponto de vista do seu projeto e da avaliação autocrítica do mesmo. A adoção do método comparativo de trabalho sustenta a análise descritiva e interpretativa de obras representativas de momentos decisivos do percurso ficcional do escritor que oferecem patamares eficazes de observação. A autoconsciência escritural instaurada no Manual de pintura e caligrafia se configura como um processo discursivo que marca singularmente a produção posterior. Observados em sua duração e constância, os caminhos apontados no manual estético de 1977 se fundem num conjunto que possibilita compreender o caráter singular do ficcionista. Emolduradas pelo questionamento fundamental da representação do real, que emerge do diálogo estabelecido entre caligrafia e pintura, questões sobre os procedimentos narrativos e discursivos adotados afloram em romances que as polarizam: a interface entre Levantado do chão e O homem duplicado sustenta a análise do papel do narrador em sua relação com a personagem; em A jangada de pedra, um comentário metaficcional insere reflexões sobre a personagem de ficção frente ao herói épico; a alegoria dos bonecos de barro mostra a paródia enquanto procedimento adotado em A Caverna; confrontada com a música, a linguagem ficcional é pensada nas suas possibilidade e nos seus limites em As intermitências da morte. |
Tipo |
Defesa-Doutorado |
Texto Completo |
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