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Aluno(a) |
Cila Maria Jardim |
Titulo |
A função do melodrama nos contos queirozianos |
Orientador(a) |
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Data |
25/04/2008 |
Resumo |
Eça de Queiroz é o autor mais representativo do realismo em Portugal no século XIX. Sua produção é composta de vários textos ficcionais e não-ficcionais, mas são os seus romances que lhe dão maior popularidade. No entanto, a qualidade da originalidade, assim como a sintonia com o momento histórico e estético no qual está inserido, permite observar outros textos com maior atenção.
Dentre esses textos, este estudo focaliza os contos, textos literários breves cuja diegese está em harmonia absoluta com a composição narrativa para surtir o efeito de coerência e sedução junto ao leitor. Nesse sentido, brevidade, densidade dramática e linguagem sedutora são recursos importantes que Eça utiliza com competência em seus contos.
A leitura deles revela que o tema amoroso é recorrente em quatro desses contos, entre os doze publicados na primeira edição, datada de 1902, além de mais um título de publicação é póstuma. Neles, observa-se que o amor é operacionalizado em motivos próprios do espetáculo melodramático, conforme o expediente do teatro praticado nos palcos franceses e portugueses oitocentistas. A hipótese deste estudo toma essas idéias e sobre elas se desenvolve: examinar a adesão na narrativa breve dos modelos e comportamentos do melodrama em cinco títulos: Singularidades de uma rapariga loura, Um poeta lírico, No moinho, José Matias e Um dia de chuva. Constata-se, então, que as narrativas se servem de um enredo e percurso melodramático, valorizando mais ou menos certos aspectos ou tendências melodramáticas, tanto na forma quanto no conteúdo, envolvendo o leitor e monitorando suas emoções, com uma preocupação moralizante e didática. |
Tipo |
Defesa-Doutorado |
Texto Completo |
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