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Aluno(a) |
Andressa Cristina de Oliveira |
Titulo |
Revelações da modernidade: uma leitura paródica, irônica e poética das novelas de Jules Laforgue. |
Orientador(a) |
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Data |
25/07/2007 |
Resumo |
Jules Laforgue é um poeta simbolista francês que escreveu um conjunto de narrativas denominadoMoralités Légendaires. Nela, serve-se de mitos germânicos, judaico-cristãos e greco-romanos com a intenção de dessacralizá-los e desviá-los burlescamente. O poeta retomou, de maneira irônica, temas caros aos seus contemporâneos do século XIX, como Hamlet, Lohengrin, Salomé, Persée et Andromède e Pan et la Syrinx. Nessas novelas, ressalta-se a atualidade de sua obra, pois se dedica à paródia e à ironia e mostra o original e o novo, fazendo empréstimos, buscando efeitos fônicos, que constituem sua maneira de dizer, que tecem a obra e atestam que Laforgue, mesmo na prosa, faz trabalho de poeta, e de poeta simbolista e moderno. Há uso abundante de neologismos, anacronismos, jogos de palavras, apartes que atestam seu trabalho original. Em Lohengrin, ele parodia o compositor alemão Richard Wagner e transforma Elsa em uma mulher libidinosa e protótipo do ser andrógino. Em Salomé, mais uma vez, o poeta francês cria uma mulher que se afasta do ideal, também andrógina, mas que, de maneira inesperada, esfacela-se ao jogar a cabeça de Iaokannan ao mar. Na novela Persée et Andromède, a heroína vive entediada em uma ilha com um monstro, até o momento em que chega um Perseu exageradamente afetado, protótipo do dândi, para salvá-la. Perseu não se sente atraído por ela, magra, pouco feminina, a qual, no final, parte com o monstro transformado em um belo jovem. Nessas novelas, percebe-se a ironia em relação à figura feminina, ao dândi, aos intelectuais franceses do século XIX e às lendas e mitos caros à sua contemporaneidade. Na última novela abordada, seus procedimentos permanecem os mesmos em relação à paródia, à ironia e à linguagem poética, mas as intenções são outras: Laforgue serve-se do mito de Pan para expor sua arte poética.
Palavras chave: Jules Laforgue, Simbolismo francês, paródia, ironia, poesia. |
Tipo |
Defesa-Doutorado |
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