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Aluno(a) |
Rosária Cristina Costa Ribeiro |
Titulo |
O papel da espacialidadeem Quatrevingt-treize de Victor Hugo: um romance histórico à espreita dos espaços monárquicos e revolucionários |
Orientador(a) |
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Data |
27/03/2007 |
Resumo |
Nossa pesquisa tem como objetivo analisar a categoria da espacialidade no romance Quatrevingt-treize (1874) de Victor Hugo (1802-1885) e como essa categoria colabora para o estabelecimento do gênero na narrativa. Trata-se de um romance histórico tradicional, segundo Georges Lukàcs (1936), representante de uma leitura pouco comum dos acontecimentos e que busca resgatar os valores e ideologias latentes não no momento da escritura, mas sim naquele que se tenta registrar por meio da mescla de personagens históricos e fictícios em meio a tempo e espaços realmente existentes. Em relação à totalidade da obra hugoana, mostra-se como o último romance produzido pelo autor. Durante a leitura da obra, somos assaltados pela surpresa de uma narração da resistência ao progresso revolucionário em 1793: a pequena guerra da Vendéia, um espaço eminentemente monarquista e feudal, oposto àquele da revolucionária Paris. Em 1871, o escritor francês que, ao retornar do exílio, encontra seu país em uma guerra civil causada pelo descontentamento contra o governo e a população revoltada contra a Revolução que prometera Liberdade, Igualdade e Fraternidade, além de uma guerra externa contra a Prússia. Devido ao conjunto de fatores, autor previa que o Terror dos anos posteriores à Revolução ganhasse novamente corpo. Assim, escreveu um monumento que representava toda a soberania que trouxera a Revolução, mas que recordava ao mesmo tempo o terror que esta trouxe. Conseqüentemente, produziu com sua obra o resgate ideológico do passado, em uma re-escritura da História, para justificar a luta do presente e combater ao mesmo tempo o terror. |
Tipo |
Defesa-Mestrado |
Texto Completo |
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