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Aluno(a) |
Teresa Maria Grubisich |
Titulo |
A parábola teatral de Bertolt Brecht: tese ou antítese? |
Orientador(a) |
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Data |
13/04/2007 |
Resumo |
Ao lermos as peças brechtianas, deparamo-nos com algumas, denominadas pelo dramaturgo, parábolas, seja no título das mesmas, como A alma boa de Setsuan parábola e A resistível ascensão de Arturo Ui parábola, seja no corpo do texto, como é o caso de Os cabeças redondas e os cabeças pontudas, Quanto custa o ferro? e O preceptor, nas quais essa denominação aparece no prólogo ou no epílogo. Procuramos então pela especificidade do gênero e constatamos tratar-se de uma metanarrativa, de uma narrativa encaixada em um texto maior com o qual mantém uma relação exemplar, de reafirmação do discurso enunciado, prova da verdade da sua Palavra/Parábola. A parábola funciona, então, como demonstração desta verdade. Por assim configurar-se, revela-se como um poderoso instrumento didático e doutrinário; ela não só veicula idéias a serem incorporadas pelo receptor, mas também, por estar dotada de estratégias persuasivas e dissuasivas, induz o interlocutor a uma mudança de estado, a uma conversão. A história na parábola fala do homem presente, coloca-o em perspectiva, porém travestindo-o e ao seu contexto por meio da alegoria. E à decifração desse artifício conduzem vários elementos construídos em torno da narrativa. Colocada, então, a questão ideológica do gênero, que nasce no contexto do Novo Testamento, investigamos como, na forma parábola teatral, estão tensionados os pressupostos brechtianos, cuja base se funda em uma visão dialética do mundo. Nossa preocupação aqui, então, é discutir a coerência desses pressupostos em sua práxis; analisando em cada uma dessas peças indicadas a dinâmica instaurada na confluência dos gêneros parábola e teatro épico.
Palavras-chave: Estudos literários. Teatro épico. Parábola. Bertolt Brecht. Representações. Polifonia. |
Tipo |
Defesa-Doutorado |
Texto Completo |
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