UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Educação Sexual

Aluno(a) Jessica da Costa Jacinto
Titulo (In)visibilidades e reflexões a partir da evasão de estudantes trans
Orientador(a) Prof. Dr. Ricardo Desidério da Silva
Data 22/02/2022
Resumo RESUMO
Em 2020, o Brasil liderou o ranking de assassinatos de pessoas transexuais, a vítima mais jovem da transfobia, tinha 15 anos, idade escolar e de vigência de proteção do Estatuto da Criança e do adolescente. Tal fato, explicita o ciclo de exclusão inferido aos jovens trans na sociedade, a escola, órgão inerente a sociedade acaba por contribuir para o processo marginalização de estudantes trans, o que, constantemente ocasiona a evasão de alunos transexuais do sistema escolar formal, estima-se que 72% da população trans brasileira não possua Ensino médio completo, 56% não concluiu o Ensino Fundamental (dados do projeto Além do Arco-íris/Afroreggae). A presente pesquisa tem como objetivo investigar como se desenvolve o processo educacional de estudantes transexuais no sistema escolar do Estado do Paraná e a (não) aceitação da transexualidade para que, assim possa-se discutir a internalização da transfobia no ambiente escolar, a sua (in)visibilidade e seus desdobramentos no Estado do Paraná. Esta pesquisa é de carácter qualitativo e descritivo, com procedimentos monográficos, bibliográficos e documentais, e foi construída a partir de dados coletados em uma pesquisa de campo, realizada a partir de uma entrevista semiestruturada com questões referentes ao processo de evasão escolar. A partir dos dados coletados, compreendemos que os motivos elencados como as causas da evasão escolar de estudantes trans no Estado do Paraná, diferem dos motivos elencados pelos estudantes cis gêneros. Bullying, agressões e humilhações são práticas inferidas com constância aos corpos trans no sistema escolar, quando o alunado trans se evade do sistema escolar formal, passa ter possibilidades reduzidas de acessar postos formais de empregos, ficando restrito a atividades laborais marginais e expostos às violências transfóbicas das ruas.
Palavras – chave: Evasão Escolar; Trans; Educação; Transfobia.

ABSTRACT
In 2020, Brazil led the ranking of murders of transgender people, the youngest victim of transphobia, was 15 years old, school age and protection under the Statute of the Child and Adolescent. This fact explains the cycle of exclusion inferred to trans young people in society, the school, an organ inherent in society, ends up contributing to the process of marginalization of trans students, which constantly causes transgender students to drop out of the formal school system, it is estimated. It is known that 72% of the Brazilian trans population does not have completed high school, 56% have not completed elementary school (data from the Além do Arco-Íris/Afroreggae project). This research aims to investigate how the educational process of transsexual students develops in the school system of the State of Paraná and the (non) acceptance of transsexuality so that, in this way, the internalization of transphobia in the school environment, its ( in)visibility and its consequences in the State of Paraná. This research is of a qualitative and descriptive nature, with monographic, bibliographical and documental procedures, and was built from data collected in a field research, carried out from a semi-structured interview with questions referring to the school dropout process. From the collected data, we understand that the reasons listed as the causes of school dropout of trans students in the State of Paraná, differ from the reasons listed by cisgender students. Bullying, aggression and humiliation are practices inferred with constancy to trans bodies in the school system, when trans students evade the formal school system, they have reduced possibilities of accessing formal job positions, being restricted to marginal work activities and exposed to transphobic violence from the streets.
Keywords: School Evasion; Trans; Education; Transphobia.
Tipo Defesa-Mestrado
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APG 2.0
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