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Aluno(a) |
Edson Fernandes |
Titulo |
A escravidão na fronteira. Um estudo da escravidão negra numa Boca do Sertão Paulista. Lençóes, 1860-1888 |
Orientador(a) |
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Data |
30/04/2003 |
Resumo |
O povoamento da porção ocidental da Província de São Paulo foi um processo que se desenvolveu ao longo do século XIX, conseqüência, em grande parte, do avanço da cultura cafeeira. Os povoados que aí se estabeleceram, com seus acanhados núcleos urbanos e seus inúmeros roçados e fazendas estavam, num primeiro momento, não interligados ao comércio de longa distância, o que fazia com que sua produção se destinasse aos mercados local e regional. Lençóes, vila desmembrada de Botucatu em 1865, não prescindiu do trabalho escravo em suas atividades econômicas. A análise de inventários post-mortem, de livros de notas cartoriais e registros paroquiais permite concluir que algumas características da população escrava desta vila de povoamento mais recente eram semelhantes às de outras áreas também não interligadas ao comércio de exportação. Deste modo, verificou-se em Lençóes uma ampla predominância dos proprietários de pequenos plantéis (de 1 a 5 escravos) que detinham uma pequena parcela da mão-de-obra. Por outro lado, algumas características da população escrava lençoense não eram comuns a outras áreas escravistas brasileiras. Entre elas, encontramos uma maior ocorrência de alforrias onerosas, ou seja, as que envolviam algum tipo de pagamento. Além disso, os preços alcançados pelas mulheres escravas eram, em média, semelhantes aos dos homens num determinado período, durante a década de 1860, resultado das dificuldades de reposição da mão-de-obra cativa e, conseqüentemente, valorização da mulher devido à sua condição de reprodutora. |
Tipo |
Defesa-Mestrado |
Texto Completo |
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