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Aluno(a) |
Ivan Lucon Monteiro Jacob |
Titulo |
GLOBALIZAÇÃO, ESTADO E CRISE ESTRUTURAL DO CAPITAL |
Orientador(a) |
Adilson Marques Genari |
Data |
25/09/2015 |
Resumo |
RESUMO
A reprodução do sistema do capital mudou. Isto não significa dizer que a acumulação capitalista prescinde agora dos esquemas reprodutivos ligados ao capital industrial, como descrito por Marx; nem que a geração de valor não se dê mais pela força de trabalho subordinada ao capital. A modificação se dá justamente pela subsunção das formas clássicas a um novo componente estrutural: a financeirização. Pois o que surge é um novo regime de acumulação, predominantemente financeirizado, reconfigurando a reprodução do sistema e impondo sua lógica. Por isso, a esfera financeira aumenta em importância em relação à esfera produtiva, aumento este que deve ser entendido como concomitante aumento do papel desempenhado pela forma funcional autonomizada do capital: o capital portador de juros. O capital financeiro se apresenta, pois, como a etapa mais avançada do sistema capitalista e se distingue pelo caráter universal e permanente das atuações especulativas e de criação contábil de capitais fictícios; a constituição de um complexo aparato financeiro se faz necessária pela natureza intrinsicamente especulativa da gestão dos grupos industriais, dada a prática de ampliar ficticiamente o valor do capital existente. E nessa nova configuração da reprodução capitalista não só a atuação do Estado se altera, mas também a forma como o Estado se relaciona com a própria reprodução do sistema. Desvendar estas novas determinações entre Estado e capital, portanto, se faz necessário se se quer compreender de maneira mais clara a crise estrutural do capital na contemporaneidade, inserindo-as como elemento central a esta crise. Pois o Estado capitalista representa uma forma orgânica do capital, vital ao seu processo de reprodução social, seja em suas funções políticas centrais ou naquelas intimamente vinculadas às suas funções econômicas, ligadas ao processo de acumulação e reprodução. Portanto, este trabalho busca investigar o papel específico do Estado capitalista nas formas contemporâneas da reprodução do capital, dado o Estado capitalista se estrutura e se altera em conformidade com a dinâmica de reprodução do sistema. Busca apresentar as determinações do capital financeiro em relação ao Estado, ao menos em três pontos específicos: a política macroeconômica, o fundo público e a dívida pública. Claro está que estes três pontos não esgotam as determinações contemporâneas do Estado capitalista, mas podem colaborar para a compreensão dos fenômenos atuais. Conclui que os Estados nacionais cooptados pelo sistema financeiro global convertem-se em fundamental ducto por onde passa a mais-valia mundial em direção às mãos do capital financeiro rentista, garantindo a livre circulação do capital, mas fundamentalmente o fluxo do excedente econômico gerado globalmente.
Palavras – chave: Crise estrutural do capital. Globalização. Capital financeiro. Estado Capitalista. Dívida pública. Fundo público.
ABSTRACT
The reproduction of the capitalist system has changed. It doesn’t mean that capitalist accumulation now does without reproductive schemes linked to industrial capital, as described by Marx; or that generate value not give more for the workforce subordinated to capital. The change happen rightly in the subsumption of classical forms to a new structural component: the financialization. For what emerges is a new regime of accumulation, predominantly financialized, reconfiguring the system reproduction and imposing its logic. Therefore, the financial sphere increases in importance relative to the productive sphere, this increase should be understood as a concomitant increase in the role played by autonomized functional form of capital: the interest-bearing capital. The financial capital appears therefore as the most advanced stage of the capitalist system and is distinguished by universal and permanent character of speculative performances and accounting creation of fictitious capital; the establishment of a complex financial apparatus is needed for intrinsically speculative nature of the management of industrial groups, through the practice of extending fictitiously the value of the existing capital. And in this new configuration of capitalist reproduction not only the State action changes, but also how the State relates to the own reproduction system. Unveil these new determinations between state and capital, therefore, it is necessary if one wants to understand more clearly the structural crisis of capital in contemporary times, inserting them as a central element to this crisis. Because the capitalist state represents an organic form of capital, vital to its social reproduction process, either on their core political functions or those closely linked to their economic functions, linked to the accumulation and reproduction process. Therefore, this paper aims to investigate the specific role of the capitalist state in contemporary forms of reproduction of capital, view of the capitalist state is structured and changes in accordance with the dynamics of system reproduction. Seeks to present the determinations of financial capital from the State, at least three specific points: macroeconomic policy, public funds and public debt. It is clear that these three points do not exhaust the contemporary determinations of the capitalist state, but can contribute to the understanding of the current phenomenon. Concludes that the nation states co-opted by the global financial system are converted into fundamental duct through which the global surplus value toward the hands of finance capital rentier, ensuring the free movement of capital, but fundamentally the flow of economic surplus generated globally.
Keywords: Capital structural crisis. Globalization. Financial Capital. Capitalist State. State Public debt. Public Fund. |
Tipo |
Defesa-Mestrado |
Texto Completo |
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