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| Aluno(a) |
Noemi Marques de Carvalho |
| Titulo |
A taxa de câmbio na estratégia de crescimento econômico de longo prazo da China |
| Orientador(a) |
prof. Eduardo Strachman |
| Data |
09/10/2013 |
| Resumo |
Com sua reorientação econômica, em 1978, e início da implementação de uma série de reformas econômicas estruturais, a China logrou taxas médias de crescimento de seu produto de quase dois dígitos, ao longo das três décadas seguintes, além da melhora global de vários de seus indicadores sociais e macroeconômicos. Seu desempenho econômico, portanto, a coloca em posição de destaque, tanto com relação a outras economias em transição, quanto a economias em desenvolvimento. A abordagem da China para a reforma econômica não foi convencional, baseada em estratégias big bang, mas sim baseada em um modus operandi híbrido entre planejamento estatal e mercado, ou reforma dual-track. Ainda que não seja considerada uma estratégia de crescimento econômico de longo prazo, à medida em que não estabeleceu, ex ante, nenhuma sequência de reformas econômicas e de políticas de longo prazo, ou ainda, princípios pré-definidos sob os quais responder à contingências, a abordagem dual-track foi capaz de conferir uma grande coerência ex post à mudança econômica na China, levando a elevado crescimento do produto e da produtividade, com razoável estabilidade econômica. Ao mesmo tempo, para sustentar as escolhas de políticas econômicas feitas sob essa abordagem, como a de seu regime cambial, construiu-se um aparato econômico e instrumental muito interdependente, que restringe, em alguma medida, a flexibilidade e potência dos instrumentos macroeconômicos e que, no longo prazo, pode comprometer o bem estar econômico chinês. Nesse contexto não convencional de sua abordagem para a reforma econômica, a adoção e manutenção de um regime cambial fixo, porém ajustável pela China o qual se manteve estável e em nível competitivo desde 1994 até o presente são frequentemente atreladas à adoção de uma estratégia de crescimento econômico guiado pelas exportações (export-led growth), em grande medida devido ao seu forte desempenho exportador, vindo com o aprofundamento das reformas econômicas. A partir de uma breve revisão da literatura sobre os diferentes tipos de regimes monetários e cambiais, e das vantagens e desvantagens relacionadas à adoção de regimes cambiais rígidos ou semi-rígidos, este trabalho descreve a evolução do regime cambial chinês e de suas taxas de câmbio nominal e real, a partir do início das reformas econômicas, até 2010, os determinantes de sua estabilidade, assim como algumas especulações acerca de sua continuação futura. Além disso, é feita uma breve análise das principais reformas econômicas, suas inovações e impactos sobre o crescimento econômico chinês, e evolução da inserção comercial e financeira da China, no período de 1978 a 2010. Enfim, à luz da abordagem peculiar da reforma econômica, assim como das características estruturais de sua economia, busca-se estabelecer a ligação do regime cambial chinês e de sua estratégia de crescimento econômico de longo prazo.
Palavras-chave: Regime cambial fixo; China; taxa de câmbio nominal e real; reforma
dual-track; crescimento econômico.
ABSTRACT
From its economic reorientation in 1978 and early implementation of a series of structural economic reforms, China has achieved average product growth rates of two digits over the past three decades, not to mention the overall improvement of several of its macroeconomic and social indicators. Its economic performance, therefore, puts it in a prominent position regarding both other transition economies and developing economies. China's approach to economic reform was not conventional or based on big bang strategies but based on a hybrid modus operandi between market and state planning, or dual-track reform. Even though the dual-track approach cannot be considered a long-term economic growth strategy, as it did not establish an ex ante sequence of economic reforms and long-term policies or even
pre-defined principles under which respond to contingencies, it was able to ensure a great consistency to the ex post economic change in China, leading to high output and productivity growth, as well as a reasonable degree of economic stability. At the same time, in order to support the economic policy choices made under this approach, such as its exchange rate regime, it was built up an interdependent instrumental and economic apparatus which restricts at some degree the flexibility and the power of macroeconomic instruments and, in the long run, may jeopardize the economic Chinese well-being. In this context of unconventional approach to economic reform, the adoption and maintenance of a fixed but adjustable exchange rate regime by China which has remained at a stable and competitive level since 1994 until present are often linked to the adoption of an economic growth strategy driven by exports (export-led growth), largely due to its strong export performance. From a brief review of the literature on the different types of monetary and exchange rate regimes, as well as of the advantages and disadvantages related to the adoption of rigid or semi-rigid exchange rate regimes, this work describes the evolution of the Chinese exchange rate regime and its nominal and real exchange rates from the beginning of the economic reforms until 2010, the determinants of its stability, as well as some speculations about its future maintenance. In addition, a brief analysis of the main economic reforms is done in order to evaluate their innovations, impact on Chinese economic growth, and the evolution of Chinas international trade and financial integration in the period 1978-2010. Ultimately, in the light of its particular approach to economic reform, as well as the structural characteristics of its economy, it was sought to establish the link between Chinese exchange rate regime and its long-term economic growth strategy.
Keywords: Fixed exchange rate regimes; China; nominal and real exchange rates; dual-track reform; economic growth. |
| Tipo |
Defesa-Mestrado |
| Texto Completo |
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