UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Economia

Aluno(a) Jefferson Souza Fraga
Titulo A Crise Econômica no Japão após os anos 90
Orientador(a)
Data 08/02/2011
Resumo O presente trabalho tem como objetivo analisar a experiência do Japão após os colapsos das bolhas especulativas dos ativos na década de 1990. Aceitando que o pior já passou, ou seja, que a crise financeira japonesa foi finalmente resolvida, uma coisa é certa; não antes de uma “década perdida” caracterizada por um longo período, de baixo crescimento, aumento das taxas de desemprego, deflação nos preços dos ativos, falências bancárias e persistência dos no-performing loans. Nesse contexto, as principais respostas obtidas por este trabalho foram: a crença que a recuperação econômica viria com o passar do tempo e a falta de entendimento sobre o tamanho do problema que a morosidade de atuação levaria ao sistema, explica em certo ponto a tolerância inicial do governo japonês frente à crise econômica. A política fiscal expansionista foi eficaz, mas, não utilizada de forma consistente, a natureza “stop-start” dos estímulos realizados, e em particular as prematuras reversões fiscais diminuíram a sua eficácia, outros fatores prováveis para a baixa eficácia durante os anos 90 foram: os estímulos fiscais podem ter sido prejudicados pela queda dos multiplicadores fiscais; os efetivos investimentos públicos foram menores que os anunciados e ao invés de se dar ênfase a obras públicas, priorizou-se cortes em impostos. De outra forma, um caminho fundamental de maximizar os estímulos fiscais é através da restauração do crédito do setor bancário, caso a recapitalização e as restaurações do setor fossem realizas em uma fase inicial, os efeitos dos estímulos poderiam ser de curta duração, se o sistema financeiro estivesse em boa saúde. No Japão, as injeções nos bancos “em grande escala” ocorreram apenas em 1999. Por outro lado, a política monetária, com base em uma versão alternativa da armadilha da liquidez levou o BOJ a tomar algumas medidas inovadoras a partir de 2001. Centrado em uma estratégia para garantir a liquidez e ampliar as garantias nas compras diretas de ativos, foi implantada a quantitative easing sob uma política de taxa zero de juros. Porém, para a frustração do BOJ e de alguns economistas americanos que apoiaram esta versão, os bancos japoneses simplesmente aumentaram suas reservas, sem qualquer expansão nos seus empréstimos, sendo essa hipótese, para este trabalho, a versão mais fraca, das que procuram explicar os momentos recessivos da economia japonesa.

Palavras-chaves: Colapsos das bolhas especulativas. Crise financeira. No-performing loans. Quantitative easing
Tipo Defesa-Mestrado
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