UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Economia

Aluno(a) Ana Raquel Mechlin Prado
Titulo A indústria farmacêutica brasileira: a atuação das empresas transnacionais face ao acirramento da concorrência, depois da aprovação dos genéricos
Orientador(a)
Data 22/09/2008
Resumo No Brasil, nos anos 1990, a indústria farmacêutica passou por um processo de “especialização regressiva”, pois a abertura comercial desestimulou a produção local de farmoquímicos e ampliou a dependência por importações, inclusive, de medicamentos acabados. A lei das patentes propiciou o aumento de investimentos pelas transnacionais inovadoras, mas não resultou na realização de etapas de maior conteúdo tecnológico no país. Ao final da década, as transnacionais continuavam as líderes do setor, enquanto as nacionais, de pequeno porte e defasadas tecnológica e financeiramente, ficavam à margem da concorrência. A introdução dos genéricos (1999) movimentou o cenário dessa indústria, ao fortalecer as nacionais e ao atrair estrangeiras, o que incitou a adoção de novas estratégias pelas transnacionais no país. Esta pesquisa tem, como propósito, a identificação e o estudo de tais estratégias. A fim de se atingir o objetivo, foram feitas leituras de textos e o estudo de três subsidiárias: Eli Lilly, Novartis e Sanofi-Aventis, por meio de reportagens (2000 a 2007) e de dados de exportação e importação para analisar a sua inserção na rede global dos laboratórios. As atuações foram diferenciadas; contudo, todas procuraram acelerar o lançamento de novos produtos, fortalecer as suas marcas e expandir suas forças de venda. A inserção delas na rede internacional não é única, mas tem uma estrutura dominante: são fortemente integradas à matriz e direcionadas, sobremaneira, à América Latina. Porém, parece haver uma mudança nesse papel, sobretudo, com a ampliação de pesquisas clínicas no país. A Lei dos Genéricos foi importante ao acirrar concorrência e ao instigar uma reação das transnacionais; entretanto, há muito que se fazer por essa indústria ainda, quanto às empresas nacionais e à competitividade internacional.

Palavras – chave: indústria farmacêutica; Brasil; genéricos; estratégias; laboratórios transnacionais.
Tipo Defesa-Mestrado
Texto Completo

APG 2.0
Copyright 2014 (c) UNESP - Faculdade de Ciências e Letras do Campus de Araraquara