UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Ciências Sociais

Aluno(a) Romildo dos Santos Filho
Titulo Processo de trabalho e pensamento social no século XX: um estudo a partir da obra de Benjamin Coriat
Orientador(a)
Data 27/06/2006
Resumo A partir da reflexão teórica do economista francês Benjamin Coriat, analisamos a evolução das forças produtivas e do processo de trabalho no século XX. Nosso objetivo foi investigar a crítica apresentada por Coriat contra os teóricos da revolução científico-técnica – RCT –, buscando apreender não somente os elementos que originaram tal crítica, mas também a contra-proposta coriatiana que devemos considerar ao refletirmos sobre a aplicação da ciência. Para compreendermos a reflexão de Benjamin Coriat, realizamos uma incursão tanto em sua obra quanto na dos principais interlocutores que “lastreiam” as suas considerações. Apreendida a crítica aos teóricos da RCT e a proposta coriatiana, apresentamos a “crítica da crítica”. Assim, nossas pesquisas apontam um substancial “apego” que deriva da análise coriatiana aos “grilhões” do processo de trabalho taylorista-fordista. Desse “apego” resultou a crítica contra o determinismo tecnológico e a não-neutalidade da técnica. Entretanto, sem aperceber-se do fato, Benjamin Coriat incorre no mesmo equívoco que se propôs a corrigir. Após descartar a generalização da aplicação da ciência richitiana, Coriat afirma que o capital só faz uso da ciência e dos complexos automáticos de máquinas – CAM’s – com o único e inevitável objetivo de aumentar a extração da mais-valia. Julgando-se fundamentar suas idéias em Marx, o autor, por um lado, sustenta-se firmemente nessa perspectiva unilateral e, por outro, despreza, intransigentemente as conseqüências que derivam desse processo. Assim, independente do tipo de tecnologia utilizada e da forma como se desenvolve o processo de trabalho, a marca indelével da produção capitalista é o taylorismo-fordismo. Dessa perspectiva decorre sua consideração de que, ao refletirmos sobre o avanço das forças produtivas, temos que considerar ao menos duas vias: uma capitalista e outra socialista.
Tipo Defesa-Doutorado
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APG 2.0
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