UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Ciências Sociais

Aluno(a) Bruno Perozzi da Silveira
Titulo AUTONOMIA E EDUCAÇÃO ZAPATISTA COMO UTOPIA CONCRETA
Orientador(a) Profa. Dra. MARIA RIBEIRO DO VALLE
Data 17/04/2020
Resumo RESUMO
Este trabalho busca compreender, a partir de uma proposta teórico-analítica, a experiência educacional colocada em prática pelo movimento zapatista, no México. A primeira parte desta tese apresenta as teorias utilizadas para as análises (contextuais e do objeto), ou seja, a filosofia da práxis de Bloch, a teoria crítica da sociedade e o materialismo histórico. Já na segunda parte, realiza-se uma interpretação da história das tensões e transformações na América Latina, a partir da perspectiva da filosofia da história de Walter Benjamin e tendo como fio condutor o conceito de utopia. Ainda na interpretação histórica, apresenta-se as origens e raízes do movimento zapatista, tanto no período anterior ao levante de 1994, quanto no que o sucedeu. Posteriormente realiza-se uma análise da construção da autonomia política, territorial e educacional pelos zapatistas, no confronto com a realidade mexicana e com as contradições internas do próprio movimento. Essa análise se fez a partir dos discursos zapatistas, disponíveis em sites ligados ao movimento, e pela análise de textos de autores que realizaram pesquisas teórico-empíricas sobre o movimento zapatista. Propõe-se a aproximação entre a construção da autonomia e o conceito de utopia concreta de Bloch, que é retomado na última parte do trabalho, para a apresentação da experiência educacional zapatista, interpretada a partir das utopias educacionais de Paulo Freire e Iván Illich, visando demonstrar que as práticas dos zapatistas na construção da educação autônoma concretizam, em parte, a proposição freireana de libertação e illichiana de convivencialidade.
Palavras – chave: Utopia concreta, movimento zapatista, autonomia, educação.

RESUMEN
Este trabajo busca comprender, desde una propuesta teórico-analítica, la experiencia educativa puesta en práctica por el movimiento zapatista en México. La primera parte de esta tesis presenta las teorías utilizadas para el análisis contextual y del objeto, es decir, la filosofía de la praxis de Bloch, la teoría crítica de la sociedad y el materialismo histórico. La segunda parte trata de una interpretación de la historia de las tensiones y transformaciones en América Latina, desde la perspectiva de la filosofía de la historia de Walter Benjamin y utiliza el concepto de utopía como hilo conductor. Aún en la interpretación histórica, se presentan los orígenes y raíces del movimiento zapatista, tanto en el período anterior al levantamiento de 1994 como en aquel que lo sucedió. Posteriormente, se realiza un análisis de la construcción de la autonomía política, territorial y educativa por parte de los zapatistas, en confrontación con la realidad mexicana y con las contradicciones internas del movimiento mismo. Este análisis se realizó a partir de los discursos zapatistas, disponibles en sitios web vinculados al movimiento, y mediante el análisis de textos de autores que realizaron investigaciones teórico-empíricas sobre el movimiento zapatista. Proponemos una aproximación entre la construcción de la autonomía y el concepto de utopía concreta de Bloch, que se reanuda, en la última parte del trabajo, para la presentación de la experiencia educativa zapatista, interpretada desde las utopías educativas de Paulo Freire e Iván Illich, con el objetivo de demostrar que las prácticas de los zapatistas en la construcción de la educación autónoma concretan, en parte, la proposición freireana de liberación e illichiana de convivencialidad.
Palabras-claves: Utopía concreta, movimiento zapatista, autonomía, educación
Tipo Defesa-Doutorado
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