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| Aluno(a) |
Felipe Augusto Duarte |
| Titulo |
A linguagem econômica do neoliberalismo: o feitiço da austeridade na era global. |
| Orientador(a) |
Prof. Dr. JOAO CARLOS SOARES ZUIN |
| Data |
26/03/2020 |
| Resumo |
RESUMO
Este trabalho discute a linguagem econômica que se tornou dominante ao longo das últimas
décadas, uma linguagem que denota um novo sistema de valores e referências baseado na
ressignificação da vida a partir das métricas do princípio competitivo dos mercados em termos
coorporativos e do consumo acelerado. Uma linguagem econômica que se distância
sobremaneira daquela fundada sobre o sistema de referências alicerçado no pacto de
construção das democracias representativas e do Estado-social distributivo voltado à defesa
dos direitos econômicos e sociais e dos valores do planejamento, da solidariedade social e da
busca pelo pleno emprego. Conformando uma nova gramática moral que domina a linguagem
cotidiana e se torna onipresente criando, recriando e destruindo o senso e o significado de
palavras e imagens que golpeiam consciências e emoções cotidianamente. Neste sentido,
tematizar esse novo léxico econômico, científica e industrialmente fabricado e distribuído, é
uma forma de contribuir com a análise da dinâmica social contemporânea, da globalização
econômica e política e do neoliberalismo. Para tanto, apresentamos um diagnóstico de época
que tenta delinear as contradições contemporâneas, à luz do desenrolar da racionalidade
orientadora neoliberal, de modo a franquear as atuais batalhas culturais travadas através da
linguagem econômica. Linguagem que, após a crise financeira de 2007/2008, a qual, solapou
as promessas da apoteose hiperconsumista da segunda belle époque das décadas de 1980 e
1990, degenera das narrativas conquistadoras, do individual autônomo e empreendedor de si
mesmo, heroico e inteiramente responsável pelas consequências de suas ações, para uma
linguagem, sempre mais aguda e desoladora, da moral da culpa e da vergonha do “humano
endividado” e da austeridade nos orçamentos públicos.
Palavras – chave: Linguagem econômica contemporânea. Austeridade. Neoliberalismo.
Globalização.
ABSTRACT
This paper discusses the economic language that has become dominant over the last few
decades, a language that denotes a new system of social values and references based on the
resignification of life funded by the metrics of the competitive markets principle in
corporation and accelerated consumption terms. An economic language that is far removed
from that founded on the reference system based on the pact for the construction of
representative democracies and the distributive welfare state aimed at defending economic
and social rights and the values of planning, social solidarity and the full employment.
Conforming a new moral grammar that dominates everyday language and becomes
omnipresent, creating, recreating and destroying the sense and meaning of words and images
that strike consciences and emotions on a daily basis. In this sense, thematizing this new
economic lexicon, scientific and industrially manufactured and distributed, is a way to
contribute to the analysis of contemporary social dynamics, of economic and political
globalization and neoliberalismo era. To this end, we present a diagnosis of the time that
attempts to delineate contemporary contradictions, in the light development of the neoliberal
guiding rationality, in order to open up the current cultural battles fought through economic
lexicon. Language that, after the financial crisis of 2007/2008, which undermined the
promises of the hyper consumerism apotheosis of the second belle époque of the 1980s and
1990s, degenerates from the conquering narratives, by the autonomous individual and
entrepreneur of himself, heroic and entirely responsible for the consequences of their actions,
for a language, always more acute and desolate, of the moral to guilt and shame by the
“indebted human” and to austerity in public budgets.
Keywords: Contemporary economic language. Austerity. Neoliberalism. Globalization. |
| Tipo |
Defesa-Mestrado |
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