UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Ciências Sociais

Aluno(a) Luiz Ricardo de Souza Prado
Titulo Micropolíticas e processos de mediação no atendimento psicossocial: o CAPS II de Araraquara
Orientador(a) Profa. Dra. RENATA MEDEIROS PAOLIELLO
Data 27/03/2019
Resumo RESUMO
O presente trabalho é resultado de uma pesquisa de mestrado a qual tem por objetivo
analisar os impactos das atuais políticas de saúde mental no Brasil nas formas de
classificação da doença mental e na subjetividade dos familiares dos usuários de um
serviço de atenção psicossocial. Foi realizada etnografia no Centro de Atenção
Psicossocial (CAPS) II de Araraquara, no estado de São Paulo. Com foco nos grupos de
familiares e nas reuniões diárias da equipe técnica dos profissionais procurando
entender de que forma (ou se) o envolvimento com este tipo de serviço de saúde mental
produz mudanças em suas práticas e discursos. Foi observado que a presença na
instituição fomenta a possibilidade de pensar relações sociais em termos médicos por
estes familiares, que ressignificam a conduta socialmente indesejável dos usuários como
doença mental. Dessa forma, nossos resultados apontam que a participação dos assim
chamados familiares no CAPS II resulta em uma tradução do projeto ético-político da
instituição a seus contextos locais, de modo a modificar ou reproduzir suas práticas e
discursos de acordo com suas condições de possibilidade e desejos de cuidado.
Palavras – chave: CAPS. Subjetivação. Doença Mental. Familiares. Políticas Públicas.

ABSTRACT
The present work is the results of a master degree research which aims to analyze the
impacts of the currents public mental health policies in Brazil upon the forms of
classification of mental illness and subjectivity by the relatives of the users from a
psychosocial attention service. We’ve made ethnography in Araraquara’s Psichosocial
Atention Center, especially in the families groups and in the daily reunions of the
professionals, aiming to understand how (or if) the involvement in this mental health
service produces any change. As results, we’ve observed that the attendance at the
institution foment the possibility to think about social relations in medical terms by the
relatives, who ressignify the users’ social undesirable behaviors as mental illness,
applying what is lived in the mental health service to the their local contexts. So, our
result points that the participation of the so called relatives in the CAPS II translates the
ethical ethical-political project of the institution to their local contexts changing or
reproducting practics and discourses accordingly to their possibilities and care demands.
Keywords: CAPS. Subjectivation. Mental illness. Relatives. Public Policies.
Tipo Defesa-Mestrado
Texto Completo

APG 2.0
Copyright 2014 (c) UNESP - Faculdade de Ciências e Letras do Campus de Araraquara