UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Ciências Sociais

Aluno(a) Marcos Acacio Neli
Titulo SAÚDE E TRABALHO NA AGROINDÚSTRIA AVÍCOLA DO OESTE CATARINENSE
Orientador(a) Profa. Dra. LEILA DE MENEZES STEIN
Data 25/10/2017
Resumo RESUMO
Desde o advento da Revolução Industrial, a organização do trabalho nas linhas de produção fabril passou historicamente por diversas mudanças, sempre pensadas e organizadas pela ótica da sociedade capitalista a partir do desenvolvimento econômico e da potencialização da produção, não levando em consideração a saúde daqueles que se submeteriam a elas. Adoecimento causado pela intensidade do trabalho e pelo uso de maquinário e bancadas inapropriadas para o desempenho das funções; exposição a materiais tóxicos ou a ambientes de trabalho insalubres com muita poeira, calor ou frio; prolongamento das jornadas além do limite suportado são comuns em pesquisas referentes ao mundo do trabalho. Entretanto, o adoecimento mental, o desenvolvimento de patologias psíquicas, tais como a depressão, o estresse ou o desenvolvimento de fobias tem crescido nas últimas décadas. O modelo de organização na produção das agroindústrias frigoríficas é o taylorista/fordista, que resulta num ritmo intenso de trabalho manual e repetitivo. A partir da década de 1990, a reestruturação produtiva no Brasil leva à incorporação de outras formas de organização do trabalho, acarretando em um maior controle sobre o operário e ao aumento das exigências com relação à qualidade e à quantidade a ser produzida. Isso reverbera em uma maior exposição e predisposição do trabalhador ao desenvolvimento de doenças ocupacionais tanto físicas como mentais.

Palavras-chave: Saúde do trabalhador. Adoecimento. Agroindústria frigorífica.

ABSTRACT
The organization of work on the factory production lines has historically undergone several changes since the Industrial Revolution. These changes have always been thought from the economic development and the potentialization of production point of view, disregarding the health of those who were involved in these changes. Illness problems caused by the intensity of work, the use of machinery and inappropriate workbenches for the performance of functions, exposure to toxic materials or unhealthy working environments with a lot of dust, heat or cold, prolonged working hours beyond the supported limits are commonly mentioned in work research. However, mental illness, the development of psychic pathologies such as depression, stress or the development of phobias has grown in the last decades. The production in the meat agroindustries has, as a model of work organization, the Taylorist / Fordist model that results in an intense rhythm of manual and repetitive work. Since the 90s, other methods of work organization have emerged with a productive restructuring which led to a greater worker control and increased demands on the quality and quantity to be produced. It is expressed in a greater exposure and predisposition of the worker to the development of occupational diseases, both physical and mental, since the suffering and mental illness cannot be dissociated from the physical suffering.

Keywords: Worker health. Illness, Meat Agroindustry.

Tipo Defesa-Doutorado

APG 2.0
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