UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Ciências Sociais

Aluno(a) Vladimir Bertapeli
Titulo AS METAMORFOSSSES DO NOME: história, política e recombinações identitárias entre os Tupi Guarani
Orientador(a) Prof. Dr. PAULO JOSE BRANDO SANTILLI
Data 23/03/2015
Resumo RESUMO
Até há pouco tempo atrás, falar em grupos Tupi habitando a região costeira de São Paulo,rnem pleno século XIX, seria considerado uma temeridade ou desconhecimento em história.rnAfinal, os registros históricos e etnológicos afirmavam aqueles nativos como extintos, sejarnpor meio do extermínio ou pelo processo de miscigenação em que foram submetidos.rnComumente, os indígenas que viviam na região eram denominados de Guarani Nhandeva,rnXiripá, ou então eram vistos como caboclos, caiçaras, etc. Mas eis que chegamos ao séculornXXI e somos surpreendidos por indígenas que se autodenominam Tupi Guarani, ou seja,rnafirmam ser fruto dos casamentos entre as parentelas Tupi e Guarani Mbya que foram sernconstituindo ao longo do tempo. Estas uniões conjugais são por eles referidas comornmistura. Portanto, é recorrente ouvi-los se denominarem também pela categoria nativarníndios misturados e, por consequência, eles passaram a formular e expressar suasrnidentidades étnicas através dessa categoria nativa. Neste estudo, portanto, veremos arncomplexidade contrastiva no emprego dos termos designativos “Tupi” e “Tapuia”, bemrncomo as suas variações que se processaram no tempo e no espaço (“civilizado” ern“selvagem”; “manso” e “bravo”; “Tupi” e “Botocudo”). Também tenho ainda por objetivorndemonstrar que os europeus (portugueses, espanhóis e franceses) valeram-se amplamente ernexploraram as divisões entre grupos locais, tomando os termos designativos dos gruposrncosteiros aliados e projetando-os no tempo e espaço com a imposição de novas relações ernna instalação de bases para a extensão dos seus domínios territoriais.
Palavras – chave: Tupi Guarani. Identidades. Política indígena. História.
ABSTRACT
Until recently, speaking in Tupi groups inhabiting the coastal region of São Paulo, in thernnineteenth century, would be considered a recklessness or ignorance in history. After all,rnthe historical and ethnological records said those natives as extinct, either through death orrnby the mixing process in which they were submitted. Commonly, the Indians living in thernregion were called Guarani Nhandeva, Xiripá, or were seen as caboclos, native population,rnetc. But behold, we come to the XXI century and we are surprised by Indians who callrnthemselves Tupi Guarani, or claim to be the result of marriages between the Tupi andrnGuarani Mbya kinsfolk that were formed over time. These marriages are they referred to asrnmixture. So, is recurrent hear them also call the native “indians mixed” category andrntherefore they began to formulate and express their ethnic identities through this nativerncategory. In this study, therefore, we will see a contrastive complexity in the use ofrndesignative terms “Tupi” and “Tapuia” and their variations that were processed in time andrnspace ("civilized” and “savage”, “manso” and “bravo” “Tupi” and “Botocudo”). I also havernyet to demonstrate that the objective Europeans (portuguese, spanish and french) reliedrnextensively and exploited the divisions between local groups took the designative terms ofrncoastal groups allies and projecting them in time and space with the imposition of newrnrelations and installation of foundations for the extension of its territorial domains.
Keywords: Tupi Gurani. Identity. Indigenous Policy. History.
Tipo Defesa-Mestrado
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APG 2.0
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