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Aluno(a) |
Wlaumir Doniseti de Souza |
Titulo |
Democracia bandeirante: distritos eleitorais do Império à Primeira República |
Orientador(a) |
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Data |
10/11/2003 |
Resumo |
O sistema distrital no Brasil e, em especial, em São Paulo, no Império e na República, enquanto engenharias institucionais intermediárias entre o poder local - municípios - e o central - Estado e/ou União -, é o foco de análise de Democracia Bandeirante. Compreender o embate das forças descentralizadoras e centralizadoras ao redor da demanda de construção e reconstrução dos distritos eleitorais e o papel conservador desempenhado pelo sistema são as marcas deste trabalho em meio à análise do processo histórico de avanço do capitalismo e do Estado.
Reconheciam os distritos eleitorais a existência de grupos organizados macrorregionalmente e que tinham de ser contemplados para, como fim último, ser contidos e, assim, suavizar os impactos no centro das cisões localizadas e viabilizar a recomposição gradual e hierarquizada do poder. Desta forma, o sistema distrital não permitia alteração brusca nas posições tradicionais do e no Estado, viabilizando a reeleição sistemática dos legisladores atrelados aos grupos dominantes do Partido e do Estado.
Os distritos organizavam, legitimavam e conduziam a interdependência do poder local ao grupo dominante na circunscrição distrital e desta à manutenção de relações hierarquizadas entre o macrorregional e o regional em proveito da manutenção e aprimoramento da Política dos Coronéis e dos Governadores.
Como pano de fundo, foram construídas engenharias institucionais conexas, quer para manter o sistema e sua ordem oligárquica - no caso da Igreja, com as dioceses, ou do Judiciário, com os distritos judiciários -, quer para forçar as comportas do poder em favor das minorias organizadas e sistematizadas - o Partido Democrático, estruturado em setores. |
Tipo |
Defesa-Doutorado |
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