UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Ciências Sociais

Aluno(a) Natália Scartezini Rodrigues
Titulo Revolução Bolivariana e ofensiva socialista na Venezuela
Orientador(a)
Data 28/03/2012
Resumo Este trabalho é um estudo a respeito da Revolução Bolivariana na Venezuela. Para concretizá-lo partimos da configuração político-social da década anterior onde as políticas neoliberais foram implementadas de maneira sistemática, acentuando déficits sociais históricos e gerando grandes mobilizações populares, como o Caracazo ocorrido em 1989. Foi neste contexto histórico que emergiu o movimento bolivariano, sob liderança de Hugo Chávez, como uma alternativa à ordem estabelecida. Em um primeiro momento, a Revolução Bolivariana se concentrou na realização de reformas de conjuntura buscando amenizar os efeitos das políticas neoliberais. Porém, com o desenvolvimento e amadurecimento do processo as reformas transcenderam a conjuntura e passaram a tocar na estrutura da sociedade venezuelana. Hugo Chávez foi reeleito em 2005 com a promessa de conduzir o país rumo à construção do socialismo. Propostas como a consolidação de instâncias de democracia direta e de controle dos meios de produção pelos trabalhadores associados vieram à tona e passaram a ser concretizadas. Entendemos que tais experiências, ainda que incipientes, tocam em dois pontos fundamentais do sistema sociometabólico do capital: o Estado e o trabalho assalariado. É por este motivo que consideramos a Revolução Bolivariana como aquilo que István Mészáros conceituou como “ofensiva socialista”: um processo de transformações estruturais engendrado por um movimento de massas que constrói condições objetivas e subjetivas para um enfrentamento ao capital e para a consolidação duradoura de uma ordem sociometabólica alternativa. Assim, buscamos apontar neste trabalho como ocorreu a construção da ofensiva socialista venezuelana.

Palavras–chave: Revolução Bolivariana. Ofensiva socialista. Venezuela. Movimento bolivariano. Socialismo.

RESUMEN
Este trabajo es un estudio referente a la Revolución Bolivariana en Venezuela. Para concretizarlo partimos de la configuración político-social de la década anterior donde las políticas neoliberales fueron implementadas de manera sistemática, acentuando déficits sociales históricos y generando grandes movilizaciones populares, como el Caracazo ocurrido en 1989. Fue en este contexto histórico que emergió el movimiento bolivariano, bajo liderazgo de Hugo Chávez, como una alternativa al orden establecido. En un primer momento, la Revolución Bolivariana se concentró en la realización de reformas de coyuntura buscando amenizar los efectos de las políticas neoliberales. Sin embargo, con el desarrollo y maduración del proceso las reformas trascendieron la coyuntura y pasaron a tocar la estructura de la sociedad venezolana. Hugo Chávez fue reelecto en 2005 con la promesa de conducir el país rumbo a la construcción del socialismo. Propuestas como la consolidación de instancias de democracia directa y de control de los medios de producción por los trabajadores asociados surgieron y pasaron a ser concretizadas. Entendemos que tales experiencias, aunque incipientes, tocan dos puntos fundamentales del sistema sociometabólico del capital: el Estado y el trabajo asalariado. Es por este motivo que consideramos la Revolución Bolivariana como aquello que István Mészáros conceptualizó como “ofensiva socialista”: un proceso de transformaciones estructurales engendrado por un movimiento de masas que construye condiciones objetivas y subjetivas para un enfrentamiento al capital y para la consolidación duradera de un orden sociometabólico alternativo. Así, buscamos apuntar en este trabajo como ocurrió la construcción de la ofensiva socialista venezolana.

Palabras–llave: Revolución Bolivariana. Ofensiva socialista. Venezuela. Movimiento bolivariano. Socialismo.

ABSTRACT
This paper is a study about the Bolivarian Revolution in Venezuela. In order to accomplish it, our starting point is the sociopolitical configuration of the previous decade, when the neoliberal policies were implemented systematically, accentuating social and historical deficits and generating great popular mobilizations, such as the Caracazo occurred in 1989. It was in this historical context that the Bolivarian Movement emerged, under the leadership of Hugo Chávez, as an alternative to the established order. At first, the Bolivarian Revolution focused on the accomplishment of conjuncture reforms trying to mitigate the effects of neoliberal policies. Nevertheless, with the development and maturation of the process, the reforms transcended the conjuncture and started to reach the Venezuelan social structure. Hugo Chávez was reelected in 2005 with the promise to lead the country towards the construction of socialism. Proposals such as the consolidation of instances of direct democracy and control of the means of productions by associated workers surfaced and started to be accomplished. We believe that such experiences, though incipient, reach two fundamental points of the sociometabolical system of capital: the state and wage labor. This is why we consider the Bolivarian Revolution as what István Mészáros conceptualized as a “socialist offensive”: a process of structural transformations engendered by a mass movement that constructs objective and subjective conditions for the confrontation of capital and for the consolidation of an enduring alternative sociometabolical order. Thus, we point out in this work the way that the Venezuelan socialist offensive has been constructed.

Key words: Bolivarian Revolution, Socialist offensive, Venezuela, Bolivarian Movement, Socialism.
Tipo Defesa-Mestrado
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