UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"

Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
  Agenda Pós-Graduação - Ciências Sociais

Aluno(a) Bruna Fiorim
Titulo Globalização econômica, modernidade periférica e políticas sociais: um estudo do Programa Bolsa Família
Orientador(a)
Data 10/12/2008
Resumo RESUMO

A globalização econômica, ao promover a transnacionalização dos mercados, das empresas e dos capitais, conferiu grande mobilidade e autonomia aos atores econômicos mundiais e trouxe efeitos sociais e políticos aos Estados e sociedades nacionais – debilitando a soberania e a autonomia estatal na definição de políticas sociais e econômicas e ampliando a desigualdade social e o desemprego. Diante da ampliação das parcelas da população desprotegidas e dos possíveis riscos políticos desse quadro, os Estados têm sido forçados a agir visando reverter os níveis de pobreza e exclusão social. O Brasil ostenta um dos piores índices de pobreza, desigualdade e exclusão social do mundo. Esses níveis estão relacionados ao processo histórico brasileiro, notadamente não incorporador, e foram agravados pela reestruturação produtiva e pela precarização do trabalho que podem ser pensadas enquanto faces do processo de radicalização da modernidade. Ao lado de uma economia moderna, globalizada, existe grande parcela da população privada dos meios essenciais à existência. Reconhecendo essa situação, o governo brasileiro tem atuado de modo a desenvolver políticas sociais capazes de reverter os altos índices de pobreza e desproteção social. Desse esforço surgiu o Programa Bolsa Família, política de transferência de renda focalizada nas famílias com maior vulnerabilidade à fome. Cabe a este trabalho analisar os documentos oficiais referentes ao processo de implementação desse Programa, visando explicitar os diagnósticos, os objetivos, as metas e as estratégias de tal política, procurando desvendar se ela é capaz de promover uma efetiva redução da pobreza, da desigualdade e da exclusão social no país e elucidar o posicionamento do Estado diante dos efeitos da globalização.


ABSTRACT


Economic globalization, to promote the transnationalization of markets, businesses and capital, has great mobility and autonomy to the global economic actors and brought social and political effects on states and national societies - weakening the sovereignty and state autonomy in social and economic policy and expanding inequality and unemployment. Due to the expansion of portions of the population unprotected and possible political risks in this scenario, states have been forced to act aimed at reversing the levels of poverty and social exclusion. Brazil boasts one of the worst rates of poverty, inequality and social exclusion in the world. These levels are related to the Brazilian historical process, especially not aggregator, and were aggravated by restructuring production and the precariousness of work that can be thought as sides of the radicalization of modernity. Next to a modern economy, globalized, there is a large portion of the population deprived of essential means to exist. Recognizing this situation, the Brazilian government has worked to develop social policies capable of reversing the high rates of poverty and social deprotection. From that effort came the Bolsa Familia program, policy of transferring income families with greater focus on vulnerability to famine. It is for this work examining the official documents relating to the implementation of that program, aiming to clarify the diagnosis, goals, targets and strategies of such a policy, seeking unravel if it is able to promote an effective reduction of poverty, inequality and social exclusion in the country and clarify the position of the state before the effects of globalization.
Tipo Defesa-Mestrado

APG 2.0
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